polêmica - estratégia X ética
campanha "não responda"
Você sabia que muitos dados usados como base de estudos são alimentados por pesquisas e enquetes que tiveram a sua participação, sem que você percebesse?
Quantas vezes perguntaram se você fuma, ao preencher dados para exames, por exemplo?
"Provavelmente é uma informação necessária para o meu diagnóstico", você pode pensar.
Talvez.
Mas vejam se isso não é no mínimo suspeito:
Numa ficha recebida após um exame de endoscopia de um laboratóriode São Paulo, tem um campo com o clássico: "fuma / não fuma?"
Logo em seguida a 2a pergunta clássica:
"trabalha ou convive com fumantes?"
No entanto, apesar de aparentemente ser uma informação óbvia num exame como este, não há perguntas sobre o nível de stress que a ocupação do paciente apresenta, por exemplo. Ou perguntas sobre sua dieta.
Esta ficha não tem a marca do laboratório. É uma xerox sem qualquer identificação. Muito provavelmente quem a preenche está involuntariamente participando de algum estudo, muito estranho, que quer relacionar problemas de saúde ao fumo ou à exposição à fumaça de tabaco, sem, no entanto, relacionar outros fatores.
Você não é obrigado a responder, então NÃO RESPONDA.
Pesquisas podem ser uma verdadeira armadilha para os fumantes: Cuidado.
E se você não for fumante, mesmo assim fique atento.
O sonho dos planos de saúde é ter um dossiê cada vez mais preciso dos seus assegurados. Em alguns países as empresas de seguro de saúde cobram mais caro quando o paciente é considerado "de risco".
Conheço uma pessoa que se recusa a fazer um exame genético que indica se ela terá câncer de mama no futuro. Ela não faz por 2 motivos:
1) Porque não quer saber
2) Porque seu seguro vai aumentar se o resultado for positivo.
Vamos começar a nos proteger?
Atenção: Os artigos do Eufumo não tem a intenção de fornecer recomendação médica, diagnóstico ou tratamento.